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A importância da arte

Em 2019 a pandemia surpreendeu o mundo. Um dia vivíamos nossas vidas perfeitamente normais, no outro doença, fome e morte se alastravam em uma velocidade vertiginosa e pediram-nos que nos isolássemos, para nosso benefício.

É em momentos de adversidade, que o propósito da arte se torna mais claro do que nunca, uma vez que nenhum homem é uma ilha e nós ansiamos por sermos ouvidos e nos conectarmos uns com os outros. No ano de 2019, as galerias de arte faturaram em torno de 64 milhões de dólares e leilões virtuais movimentaram 17,08 bilhões de dólares em 2021, um crescimento de 60% em comparação à 2020 e 28% em comparação à 2019.

E o crescimento da arte contemporânea, em específico, foi maior ainda. Hoje, em 2022 a arte contemporânea representa 20% do consumo de arte, um crescimento estrondoso se comparado aos 3% que apresentava em 2000. Em 2022, entre galerias e leilões virtuais, QR codes facilitando o acesso à compra, o modelo híbrido já mostrou que veio para ficar e que, em parceria com a arte contemporânea, só tem a crescer.

Não somente o mercado de arte continua aquecido e crescendo, mas se diversificando também. Seus consumidores, geralmente acima dos cinquenta anos, agora também são os “millenials”, pessoas em torno de 30 anos de idade, que conseguiram, através da flexibilidade do modelo híbrido, entrada no mercado.

Embora ainda haja a ilusão de que quem consome arte são apenas pessoas de poder aquisitivo altíssimo, a realidade é outra. Em uma pesquisa realizada em 2020, com 241 entrevistados, ficou claro que 29% das pessoas que consomem arte são de classe média, sendo que menos de 3% são da classe AA. Novamente, mostra-se necessário o papel do Art9, em trazer essas obras de artes para um novo espaço, onde seu público já está.

Além disso, é necessário que apontemos um outro lado do consumo artístico, a arte como investimento econômico. Não é nada novo comprar arte como patrimônio, se investem em pinturas e esculturas desde que o mundo é mundo, mas agora, em frequente mudança e globalizado, obras de arte ganham tração da noite para o dia e, como o caso das pinturas de Beatriz Milhazes ilustra — duas obras que foram compradas para decorar um apartamento em 2002 e que em 2018, passaram a valer três vezes mais do que o próprio espaço — é um mercado lucrativo e aquecido.

Ou seja, arte nos conecta e alimenta o espírito, mas também está dialogando com todos os setores de nossa vida, desde a decoração e a estética, como a economia.